Você sabia que o mais valioso quadro brasileiro foi pintado por uma mulher? E que o primeiro livro feminista do país foi escrito lá em 1832? Que uma brasileira já foi a mulher mais bem paga dos EUA e que houve mulheres indo para os fronts de batalha durante o colonialismo?
Então se ligue na história de 15 mulheres incríveis que mudaram o Brasil e que vão te dar uma dose extra de inspiração para a vida:
Dandara
Que Zumbi foi o líder do Quilombo dos Palmares todo mundo sabe, mas quantas vezes você ouviu falar de Dandara? Ela foi esposa de Zumbi e lutou ao lado dele pela libertação dos negros no período colonial. Sua história é rodeada de mistérios, mas sabe-se que ela não fugia de uma briga, lutava capoeira, sabia manejar armas e caçava muito bem. Suicidou-se em 1694, junto com vários outros quilombolas, durante a tomada de Palmares.
Tarsila do Amaral
Ela é autora da pintura brasileira mais valorizada da história, o Abaporu (que ultrapassa os US$ 2,5 milhões). Tarsila é um dos nomes centrais da primeira fase do modernismo artístico no Brasil e foi uma das responsáveis pela organização da revolucionária Semana da Arte Moderna de 1922, realizada em São Paulo.
Marta
Eleita a melhor jogadora do mundo por cinco anos consecutivos (entre 2006 e 2010), a alagoana conseguiu um feito inédito no futebol brasileiro. Entre os homens, nem Pelé e Ronaldo alcançaram essa marca! Ela é também a maior artilheira da Seleção Brasileira (contando a masculina e a feminina) e a maior artilheira da Copa do Mundo de Futebol Feminino.
Maria Quitéria
Considerada a Joana D’Arc brasileira, Maria Quitéria de Jesus lutou pela independência do Brasil, no início do século XIX. Para poder entrar em combate, ela disfarçou-se de homem e apresentava-se como soldado Medeiros aos outros oficiais. Acabou sendo desmascarada pelo próprio pai, mas foi defendida por seu comandante e continuou lutando ao lado dos homens.
Fernanda Montenegro
A maior dama do cinema nacional é até hoje a única mulher brasileira a receber uma indicação ao Oscar e também a única (entre homens e mulheres) a ser nomeada em uma categoria de atuação. Fernanda foi indicada pelo longa “Central do Brasil”, em 1999, que também concorreu a Melhor Filme Estrangeiro naquele ano. Ela ainda recebeu o Emmy Internacional (considerado o Oscar da televisão) como melhor atriz estrangeira, por seu papel na série “Doce de Mãe”.
Hebe Camargo
Eterna rainha da televisão nacional, Hebe esteve ao lado de Assis Chateaubriand no nascimento da Rede Tupi, a primeira emissora brasileira de TV. Na época, ela comandava o primeiro programa feminino lançado aqui no Brasil, intitulado “O Mundo é das Mulheres”. Trabalhou até o fim da vida e faleceu em 2012, aos 83 anos, por causa de um câncer.
Maria da Penha
Depois de escapar de duas tentativas de assassinato por parte do marido e lutar durante 20 anos para ver o agressor punido, alertou o governo para a urgência de uma legislação que protegesse mulheres vítimas de violência doméstica. Sua batalha não foi em vão e a lei que leva seu nome vigora desde 2006. Hoje, ela coordena uma ONG que auxilia vítimas e trabalha no combate ao problema.
Zuzu Angel
Foi uma das primeiras estilistas a mesclar brasilidade e alta costura, mas tornou-se um ícone por rebelar-se contra a ditadura militar. Seu filho foi morto e torturado, sem o corpo entregue à família, e Zuzu lutou pelo direito de enterrá-lo. Levou o protesto às passarelas e chamou a atenção da imprensa internacional e até do governo norte-americano. Nunca encontrou o corpo do filho e morreu em um misterioso acidente de carro, em 1976.
Chiquinha Gonzaga
Foi a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil e também é autora da primeira marchinha de carnaval da história: “Ó Abre Alas”, composta em 1899. Criou dois filhos sozinha, compôs mais de 2 mil músicas e ainda lutou contra a monarquia e em favor da abolição da escravatura. O Dia Nacional da Música Popular Brasileira é comemorado em 17 de outubro, data em que ela nasceu.
Elza Soares
Por causa da infância pobre, Elza foi forçada a casar aos 12 anos e já era mãe aos 13. Na mesma época, surpreendeu o mundo ao cantar em um programa de calouros, mas só conseguiu seguir carreira depois de ficar viúva, aos 21 anos. Mesmo com a fama, sofreu muito por ser acusada de acabar com o casamento do jogador Garrincha e chegou a receber ameaças de morte na época. Deu a volta por cima e é hoje uma lenda viva da MPB.
Anita Garibaldi
Intitulada como “a heroína dos dois mundos”, Anita foi uma revolucionária que fez história no século XIX. Nasceu em Santa Catarina e lá casou-se com o guerrilheiro italiano Giuseppe Garibaldi, com quem lutou na Revolução Farroupilha (aqui no Brasil) e contra a invasão do exército austro-húngaro (na Itália). Teve cinco filhos, mas nunca deixou de lado os fronts de batalha, mesmo enquanto estava grávida.
Maria Lenk
Tida como uma das grandes heroínas do esporte nacional, ela foi a primeira mulher sul-americana a competir nos Jogos Olímpicos, em Los Angeles, em 1932. Também foi a primeira brasileira a estabelecer um recorde mundial na natação e a única a figurar no International Swimming Hall of Fame, na Flórida (EUA).
Nísia Floresta
Precursora do feminismo no Brasil, ela foi autora do mítico livro “Direitos das mulheres e injustiça dos homens”, escrito em 1832. Esta é considerada a primeira obra feminista brasileira. Ela também escreveu importantes livros em defesa dos índios e da abolição da escravatura. Nísia nasceu no Rio Grande do Norte, mas viajou o país defendendo a alfabetização das mulheres e chegou a fundar colégios para meninas no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.
Zilda Arns Neumann
Reconhecida como uma das maiores humanitárias do Brasil, foi uma pediatra importantíssima para a redução da mortalidade infantil no país. Seu legado iniciou-se em 1983, quando fundou a Pastoral da Criança, uma gigantesca instituição ligada à Igreja Católica que hoje funciona em 20 países e atende mais de 1,5 milhão de crianças e adolescentes. Zilda faleceu no Haiti, em 2010, vítima do terremoto que dizimou o país naquele ano.
Carmen Miranda
Carmen Miranda nasceu em Portugal por acaso, mas chegou ao Brasil com apenas um ano de idade e veio a se transformar em um dos maiores símbolos do país. Foi responsável por colocar o país no mapa do showbiz internacional e chegou a ser a mulher mais bem paga dos EUA, em meados dos anos 1940. Também foi responsável por alavancar o tropicalismo, um dos mais importantes movimentos culturais da história do Brasil.
Com informações do portal M de Mulher