Além da preocupação com a formação escolar, administrar as finanças da escola também pede atenção em tempos de crise econômica. Márcia Resende é gestora do Centro de Ensino Santa Rita de Cássia, em Sobradinho. Corte de gastos com contratos terceirizados, economia de energia elétrica e contratação de estudantes de Pedagogia foram algumas das medidas que o colégio adotou para driblar as dificuldades financeiras.
“O despreparo dos professores recém-formados é muito grande. Não existe mais o magistério”, disse. “Contratar estagiários é uma maneira de formar esses futuros profissionais”, enfatizou.
Inadimplência e atrasos de matrículas são alguns desafios que os gestores devem saber lidar em tempos conturbados. De acordo com o presidente do Sinepe/DF, Álvaro Domingues, o desejo maior das famílias é por escolas bem administradas. O segredo para isso, segundo ele, é saber priorizar os gastos a fim de prestar um serviço de excelente qualidade.
“É um momento de reflexão da eficácia da gestão escolar, nos âmbitos pedagógico, administrativo e financeiro, na criação de um local adequado à aprendizagem”, ressaltou. O Sinepe, em parceria com o Sebrae, oferece diversos cursos para orientar e qualificar os gestores dos estabelecimentos particulares.
Vice-administradora do Colégio CEMAR, em Ceilândia, Cecília Alves, considera as informações sobre como gerir os negócios muito importantes para o crescimento da instituição. “A crise deve se transformar em oportunidade, senão a escola fecha”, resumiu.
Josimar de Lima, administrador do Colégio Notre Dame, na Asa Sul, destacou a experiência da instituição, que participou de um curso de Coaching Integral Sistêmico. “O treinamento abordou a importância da autoperformance e autorresponsabilidade no ambiente escolar. Com isso, conseguimos diminuir a inadimplência”, disse.