O recesso de meio de ano está chegando ao fim. Que tal aproveitar para colocar a leitura em dia antes de as aulas começarem? O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (SINEPE/DF) indica três boas opções para educadores e gestores:
1 – Multimídia Digital na Escola (Elenice Larroza Andersen, Org.)
É sempre bom ficar por dentro das principais discussões do mundo da educação, para aplicar novos conhecimentos em seu dia a dia de trabalho. Por isso, o livro que reúne diversos estudos sobre a inserção de novas tecnologias no ambiente escolar está na lista. São abordadas estratégias de inserção multimídia na educação básica, discutindo experiências autênticas em diferentes contextos, a partir do uso de softwares livres, aplicando possibilidades reais e auxiliando professores na escola das ferramentas.
2 – Vidas Secas (Graciliano Ramos)
Um dos queridinhos do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), Vidas Secas é sempre uma boa pedida: leitura interessantíssima para discutir com seus alunos. O romance, publicado em 1938, retrata a vida miserável de uma família de retirantes obrigados a se deslocar constantemente devido à seca do sertão. Faz parte da segunda fase modernista da literatura brasileira, conhecida como regionalista, além de ser considerada uma das mais bem-sucedidas criações da época. A crítica social de Graciliano continua extremamente atual. Destaque para a cadela Baleia, personagem que é tratada como membro da família e que emocionou muitos leitores que acompanharam a obra.
3 – Eu Sou Malala (Malala Yousafzai)
Escrito pela jovem Malala, então com 16 anos, a autobiografia faz uma importante reflexão sobre gênero e acesso à educação. Quando o Talibã tomou controle do vale do Swat, a menina recusou-se a permanecer em silêncio e lutou pelos seus direitos. Em 9 de outubro de 2012, ela quase pagou o preço com a vida. Malala foi atingida na cabeça por um tiro à queima-roupa dentro do ônibus no qual voltava da escola. Poucos acreditaram que ela sobreviveria. Mas a recuperação milagrosa a levou em uma viagem extraordinária de um vale remoto no norte do Paquistão para as salas das Nações Unidas em Nova York, e ela se tornou um símbolo global de protesto pacífico, além de ser a candidata mais jovem da história a receber o Prêmio Nobel da Paz.