Representantes dos conselhos estaduais de educação da região Centro-Oeste se reuniram em Brasília nos dias 25 e 26 de agosto para debater assuntos relevantes para o desenvolvimento educacional no País. O encontro ocorreu no auditório da sede da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Além da participação dos presidentes dos conselhos de educação do Mato Grosso, Mato Grosso Sul, Goiás e Distrito Federal, também compareceram conselheiros de Roraima, Pará, Sergipe e Espírito Santo.
Entre os assuntos da pauta, estiveram a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a extensão da Educação a Distância (EaD) nos sistemas estaduais e do DF, a regulamentação do regime de colaboração quanto ao funcionamento dos polos de apoio presencial, Plano Nacional de Educação e Sistema Nacional de Educação, além de experiências exitosas em diferentes estados da região Centro-Oeste.
O secretário de educação do DF, Júlio Gregório, participou do encontro e destacou que a Educação a Distância ainda precisa vencer preconceitos no País. “Há manifestações preconceituosas, principalmente por pessoas que não conhecem a grande democratização que a EaD permite, com oferta da educação para todos os lugares do Brasil " - disse.
Em relação à BNCC, o secretário destacou a importância de não ser tão extensa e que o ensino médio precisa ser flexibilizado. “ Todos temos de batalhar para que possamos flexibilizar o ensino médio, e os conselhos de educação têm papel preponderante” - apontou.
O presidente do Conselho de Educação do Distrito Federal (CEDF), e também presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe/DF), Álvaro Domingues, contribuiu com o debate e trouxe experiências do CEDF. O assunto de destaque da palestra foi a Escola Superior de Magistério de Brasília (ESM) que, segundo ele, será implantada em três campi: Planaltina, Gama e Ceilândia. “O objetivo é formar professores com projeto pedagógico inédito e seguir o modelo, já testado em Brasília, da Escola Superior de Ciências de Saúde (ESCS). Nós acreditamos que a ocasião é oportuna para oferecer formação diferenciada aos professores em um momento em que estão faltando esses profissionais no Brasil. A carreira precisa ser estimulada” - destacou Álvaro.
O evento do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação da Região Centro-Oeste foi organizado pelo CEDF. O presidente Álvaro ressaltou que encontros dessa natureza devem ser estimulados. “São das discussões, com a contribuição de diferentes mentes, que conseguimos ideias e propostas que possam aprimorar a educação dentro da perspectiva mais ampla, que é reconhecer o ser humano como prioridade absoluta em todas as ações” - disse ele. Álvaro também agradeceu ao deputado distrital Israel Batista, pela realização do encontro. “Foi por meio das emendas, apropriando valores, recursos para apoiar a educação que nós conseguimos a verba para realização desse evento”.
Para o vice-presidente do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação da Região Centro-Oeste, e presidente do Conselho Estadual do Mato Grosso, Carlos Alberto Caetano, o momento é importante para debater os temas da pauta, sobretudo em razão da necessidade de financiamento da educação em todo o País. Estamos assistindo a dificuldades para manter uma educação de qualidade, e os conselhos têm papel importantíssimo no redirecionamento da educação no Brasil, até porque são órgãos normatizadores das diretrizes curriculares nacionais” - reforçou.
Também participaram das discussões o consultor em Educação a Distância e ex-conselheiro do Conselho Nacional de Educação, Francisco Aparecido Cordão, e a representante do Fórum Nacional da Região Centro-Oeste e presidente do Conselho Estadual de Educação do Pará, Maria Beatriz Padovani.
Sobre o Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação
Tem como objetivos principais aglutinar esforços permanentemente de pensar a Educação à luz das necessidades da sociedade brasileira; propor, discutir e encaminhar matéria que dependa de decisão na esfera federal; divulgar iniciativas e procedimentos legais e técnico-administrativos que possam contribuir para o aperfeiçoamento organizacional dos colegiados; contribuir para o estreitamento das relações institucionais entre os Conselhos de Educação; representar, na esfera federal, os interesses comuns aos Conselhos de Educação; propor sugestões e subsidiar elaboração, aprovação, implementação, acompanhamento e avaliação de Planos Nacionais de Educação; promover e articular intercâmbio de experiências e de estudos específicos.