A reforma do ensino médio é a pauta de maior impacto na educação brasileira em 2018. Para entender melhor o que está por vir, educadores e poder público têm se reunido frequentemente. E esse foi o intuito do Fórum de Discussão sobre o Ensino Médio, realizado nesta quarta-feira (7) nas Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central – FACIPLAC, no Gama (DF). O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (SINEPE/DF), Álvaro Domingues, comentou sobre os principais desafios da implementação.
Para Domingues, que também preside o Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação, é de extrema importância zelar pela continuidade da política educacional, independentemente de governos. “A reforma do ensino médio estava prevista havia anos, tanto na Constituição, quanto na Lei de Diretrizes e Bases (LDB), nas diretrizes curriculares nacionais e na Lei n.º 13.415. O que está havendo agora é apenas a continuidade do que começou há mais de uma década. E são os professores os protagonistas dessas mudanças”, afirmou.
Ainda de acordo com ele, uma das maiores dificuldades é sair da zona de conforto para fazer cobranças do governo e das autoridades competentes. “Outros desafios são incluir a tecnologia na educação e promover integração entre as áreas de conhecimento, de modo que elaborar textos, por exemplo, não seja tarefa exclusiva do professor de português, que esteja presente em outras disciplinas”, ressaltou.
O presidente do SINEPE/DF participou, ainda, da mesa de abertura do evento, que contou com a presença do secretário de Educação do DF, Júlio Gregório, e da assessora técnica do Ministério da Educação (MEC), Cláudia Dênis Alves da Paz. A assessora abordou a Lei 13.415/2017 e o novo ensino médio em uma das palestras do dia.
Também deram palestra a representante do Fórum Nacional de Educação (FNE), Roberta Guedes, sobre as possibilidades da BNCC para a gestão curricular; e o gerente de acompanhamento do ensino médio da Secretaria de Educação do DF, George Amilton Melo Simões, que abordou os materiais pedagógicos de apoio para o ensino médio na semestralidade.
A programação ainda contou com as seguintes oficinas:
1 - “Um Projeto de Escola no Ensino Médio”, por Ricardo da Silva Rocha, professor de filosofia/SEEDF, ex-diretor do CEM 404 de Santa Maria, CRE Santa Maria
2 - “Pedagogia de Projetos”, por Lúcia Andrade, especialista pedagógica da Educação Integral no Ensino Médio (EMTI) da SEEDF
3 - “Rotas de Aprendizagem e Intervenções Pedagógicas”, por Suena Mary Dias dos Santos, pedagoga/SEEDF – Equipe Especializada de Apoio à Aprendizagem, CRE Santa Maria
4 - “Criatividade em Matemática”, por Alexandre Tolentino de Carvalho, professor/SEEDF – CRE Gama, e Mateus Fonseca, professor/Instituto Federal, Campus Ceilândia
5 - “Educação, Direitos Humanos e Justiça Social”, por Renata Parreira, professora/SEEDF, educadora popular, arte educadora, pedagoga
6 - “Metodologias Ativas – Gamificação na Educação”, por Onilia Cristina de Souza de Almeida, pedagoga/SEEDF – Equipe Especializada de Apoio à Aprendizagem Itinerante, CRE São Sebastião