Periodicamente, o Colégio La Salle do Núcleo Bandeirante realiza o “Café com Prosa”, evento que reúne pais, alunos e educadores em um bate-papo sobre temas contemporâneos. No último sábado (11), o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (SINEPE/DF), Álvaro Domingues, foi o convidado, e falou com pais e estudantes do 9.º ano sobre os projetos e novidades para o ensino médio.
Domingues, que também é presidente do Conselho de Educação do Distrito Federal (CEDF), citou a importância dos conselhos como elemento significativo na promoção de mudanças estruturais positivas no ensino do País, já que nos últimos anos o perfil desses órgãos normativos mudou e “passou a incluir mais a sociedade civil, tornando-se mais representativo”.
“Uma nação que se pretende justa tem de investir em educação como política de Estado, e não partidária”, defendeu. O presidente do SINEPE/DF argumentou que uma reforma no ensino médio será essencial para, por exemplo, diminuir a evasão escolar e oferecer outras oportunidades aos alunos, como um rumo para o ensino técnico para os que desejarem.
Ele acredita que o modelo tradicional não serve, pois acaba exagerando na quantidade de conteúdo, deixando os estudantes pouco analíticos, apenas repetidores de informações, ou seja, “aprendem uma diversidade de disciplinas, mas não se aprofundam em nada”. Segundo o presidente do SINEPE/DF, com menos disciplinas e mais acesso a outros tipos de experiência, como estágios que propiciariam vivenciar o mundo do trabalho, eles estariam mais bem preparados para o futuro. “Incluir atividades extraclasse no histórico dos alunos, como trabalhos voluntários e participação em projetos de pesquisa, também é algo que ainda nos falta”, lamentou. Domingues ressaltou, no entanto, que algumas competências e habilidades, como a linguagem efetiva e a matemática operacional, devem ser comuns a todos os adolescentes, independentemente do que escolham para se aprofundar.
Aos educadores, Domingues orientou: “Não se trata de abandonar tudo o que se conhece, mas se adaptar às demandas atuais”.