Pesquisar notícias

Para pesquisar coloque o nome no campo acima e clique em pesquisar.


Categorias


Arquivo de notícias


Reunião da Anec esclarece dúvidas de gestores sobre a BNCC, com participação do Inep e do MEC

Publicado em 29/06/2017 às 09:00:00

Na última quarta-feira, 28, o Colégio Nossa Senhora de Fátima (906 Sul) recebeu a primeira Reunião Ampliada da Educação Básica promovida pela Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (Anec). O tema escolhido foi “Toda Criança tem o Direito de Aprender: BNCC e o processo de avaliação da Educação Básica”, em que gestores de instituições de ensino privadas puderam tirar dúvidas sobre a Base Nacional Comum Curricular.

O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (SINEPE/DF) e presidente do Conselho de Educação do Distrito Federal (CEDF), que mediou a mesa, falou sobre a condução da base nas escolas. “Agora é o momento de conhecer e finalizar o documento com todas as diretrizes juntos aos órgãos públicos. Mas quem terá a responsabilidade de colocar a BNCC em prática serão os gestores e educadores. Por isso, é tão importante compreender o papel de cada um nesse processo”, ressaltou Álvaro Domingues.

Ricardo Correa Coelho, membro do Ministério da Educação (MEC), lembrou que a construção da base começou em 2014 e representa um compromisso do Estado brasileiro para favorecer a aprendizagem de todos os alunos. “A BNCC não é currículo, que é elaborado pelas escolas, mas o rumo educacional que vamos percorrer”, acrescentou. Ele também abordou o conceito de “competência”, cujos conteúdos curriculares devem abranger, que diz respeito à possibilidade de mobilizar e operar o conhecimento em situações que requerem aplicá-la para tomar decisões.

Para o presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, Francisco Soares, falta concretude na educação brasileira, e a base, que trata de um conjunto de objetivos de aprendizado e desenvolvimento, entra para preencher essa lacuna. “Mas o que ensinar, como ensinar e como avaliar faz parte do currículo”, disse.

Ao final do evento, a presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Amábile Pacios, também contribuiu para a discussão. A Fenep vai participar das próximas audiências públicas regionais da terceira (e última) versão da BNCC, e a presidente manifestou apoio ao documento. “Vale ressaltar que muitas escolas privadas do País já praticam diversos aspectos abordados pela base. Então, nem todas as instituições vão sofrer grandes mudanças”, defendeu.

Avaliação

Para diferenciar o papel dos órgãos públicos do papel das escolas, a diretora de avaliação e educação básica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luana Bergmann Soares, participou da reunião. Enquanto o Inep trata das avaliações nacionais, que abrangem todo o sistema, as instituições de ensino cuidam das avaliações processuais, ou seja, do dia a dia dos alunos. Ela reforçou que, a partir de agora, as escolas particulares também podem participar do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) desde que respondam ao censo e contribuam com as taxas de adesão.

Luana também abordou a formação de professores na transição. “Esse é o grande desafio. Afinal, são eles que vão tirar a base do papel e transformá-la em trajetórias reais. Inicialmente, será preciso uma formação continuada bem-estruturada. Mas, em longo prazo, uma mudança cultural deve entrar em cena, repensando os currículos dos futuros profissionais.”