Os casos de dengue estão aumentando no Distrito Federal, e o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (SINEPE-DF) alerta para a importância de cuidados pessoais e coletivos. “Precisamos ser fiscais e prestar atenção aos focos em espaços educacionais - tanto governo como escolas. É um trabalho conjunto, de toda a sociedade”, afirma Ana Elisa Dumont, presidente do SINEPE-DF. Como sugestão, ela pede que as escolas promovam campanhas preventivas e educativas com os alunos para que eles cobrem dos pais, do governo, da vizinhança, fazendo com que todos se tornem agentes contra a doença.
Ao voltar para as salas de aula neste começo de ano letivo, os estudantes se depararam com um índice crescente de casos de dengue no país, principalmente no DF, Minas Gerais e Acre. Dessa forma, o SINEPE-DF reforça a necessidade do uso diário de repelente, escolhendo, se possível, os de maior duração como uma das medidas de prevenção pessoal.
Outra providência do SINEPE-DF foi a requisição do fumacê - aplicação de inseticida para o combate ao mosquito - à Secretaria de Saúde do DF nas escolas particulares. “Estamos acompanhando a abertura do edital para contratação do Fumacê no DF e esperamos que as escolas sejam contempladas o mais rápido possível” - disse Ana Elisa.
Na última quinta-feira (25), o Governo do DF decretou estado de emergência para enfrentar a situação. A medida, publicada em edição extra do Diário Oficial do DF (DODF), autoriza a administração pública a tomar as medidas administrativas necessárias para conter a doença, em especial a aquisição de insumos e materiais, e a contratação de serviços.
Com a epidemia atual de dengue, doença provocada pela picada do mosquito Aedes aegypti, o DF já contabilizou 31.236 casos em janeiro de 2024. São 1.108 casos entre cada 100 mil pessoas. De acordo com o Ministério da Saúde, esse aumento se deve a fatores como combinação entre calor excessivo e chuvas intensas e ressurgimento recente dos sorotipos 3 e 4 do vírus da dengue no Brasil.
O que é a dengue
A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses. O vírus é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Há quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 — todos podem causar as diferentes formas da doença.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e as portadoras de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e complicações que podem levar à morte.
É possível que a pessoa tenha dengue até quatro vezes ao longo da vida. Isso ocorre porque ela pode ser infectada com os quatro sorotipos do vírus. Uma vez exposta a um determinado sorotipo, após a remissão da doença, ela passa a ter imunidade para aquele sorotipo específico.
Principais sintomas
Febre alta (acima de 38°C), dor no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo são os sintomas mais comuns. No entanto, a infecção por dengue também pode ser assintomática, ou apresentar quadros leves.
O que se deve fazer se estiver com suspeita de dengue
Orienta-se a buscar a unidade de saúde mais próxima para garantir uma avaliação do quadro e orientação para tratamento adequado dos sinais e sintomas apresentados.
Os cuidados contra a dengue
Evite reservatórios de água parada em casa, sem proteção. O mosquito pode usar como criadouros grandes espaços, como caixas d'água e piscinas abertas; até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de plantas.
Recomenda-se, também, como medida adicional de controle, o uso de repelentes e a instalação de telas mosquiteiras, especialmente nas regiões com maior registro de casos.
A vacina é a única forma de se proteger da doença? Quando a vacina contra a dengue chega ao Brasil?
As primeiras doses chegaram no último sábado (20), com uma remessa de cerca de 750 mil unidades. Além dessa, o Ministério da Saúde receberá outras, totalizando 6,5 milhões até o final do ano - sendo 1,3 milhão por meio de doação pelo laboratório fornecedor e 5,2 milhões compradas pela pasta. Para 2025, o ministério já contratou 9 milhões de doses.
As crianças mais novas não precisam da vacina?
O ministério segue as recomendações da OMS e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que liberou o imunizante para a população pediátrica acima de 4 anos. A decisão foi tomada com base nos resultados dos testes clínicos.
Conheça a íntegra do Decreto do DF
DGBB Comunicação & Estratégia com informações do Ministério da Saúde