Um movimento de greve geral liderado por centrais sindicais e sociais de todo o País está marcado para esta sexta-feira (28). Os participantes são contra a reforma da Previdência e pretendem paralisar serviços de algumas categorias, inclusive da educação, como forma de protesto. Até o momento, cinco escolas de Brasília confirmaram adesão: Sigma (todas as unidades), Olimpo (todas as unidades), Maria Montessori, Marista Champagnat e Colégio Batista.

Segundo o diretor financeiro do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe/DF), Clayton Braga, cada escola da rede privada tem liberdade para decidir se irá funcionar ou não. “Se funcionar normalmente, o estabelecimento não precisa emitir nenhum tipo de comunicado aos pais e funcionários, apenas responder aos que questionarem. Mas, se houver participação da escola na greve geral, é necessário informar toda a comunidade escolar e comunicar a data de reposição desse dia letivo”, explica.

O Sinepe/DF avalia que a adesão à greve é interessante para escolas localizadas próximas às manifestações, por conta do risco de agressão às pessoas e de danos ao patrimônio. Em instituições mais distantes, a ameaça à segurança é mínima. “A paralisação pode trazer algumas outras questões, como o questionamento de horas extras por parte de funcionários, já que a reposição costuma não ser em um dia habitual de aula, e queixas de pais, que podem alegar prejuízos, até mesmo judicialmente, já que a escola não receberá o filho em um dia previamente contratado”, ressalta. Ainda assim, o diretor não faz recomendações e afirma que cada estabelecimento é responsável por avaliar a situação de forma independente.

Clayton Braga lembra, no entanto, que, caso a Secretaria de Educação do DF ou o Conselho de Educação do DF encaminhe alguma orientação às escolas, ela deverá ser seguida.